História

Quando construíram a Estrada de Ferro Bragança em terras do atual Município de Igarapé-assú já existiam habitantes nas margens dos rios Jambú-assú, Maracanã, Peixe-Boi e seus afluentes, havendo mesmo uma colonia espanhola entre os rios Jambú-assú e Caripi. O povoamento inicial organizado foi realizado com a fundação do Núcleo Agrícola Jambú-assú em 1896.

Predominou no povoamento, o elemento inicial da população, acrescida, posteriormente, por cearenses e riograndenses do norte, acossados pelas secas ou pela crise da borracha.

Os colonos espanhóis não recebendo mais o auxílio do Estado foram se retirando havendo hoje poucos elementos.

Quanto ao elemento indígena, ao sul do município existia nas margens dos rios do Prato, Jepi, Limão e Maracanã, uma tribo de “Tembes”, da qual se encontram remanescentes, que foram beneficiados pelas catequese de frades franciscanos que aí fundaram um educandário, o Instituto do Prata, transformado posteriormente em Colônia correcional e depois Lazarópolis do Prata.

Pode-se dizer que foi com a passagem da Estrada de Ferro pelo seu território em 1906, e o posterior desenvolvimento agrícola, que o município começou apresentar condições de capacidade para vida política e autonomia administrativa. Em 26 de outubro de 1906, pela Lei nº 095 foi elevado à categoria de município sendo instalado a 1º de janeiro de 1907 durante o governo do Dr. Augusto Montenegro.

Anteriormente pertenceu este município ao de Belém tendo também sofrido diversos desmembramentos no seu território em favor de Guamé, Maracanã e Capanema.

O município está, de acordo com o decreto estadual de 31-10-1938 dividido em 5 distritos: Sede, Nova Timboteua, Peixe-Boi, São Luiz e Timboteua.

Atualmente o município de Igarapé-assú possui a categoria de Comarca criada em 25-01-1932 pelo dec. nº 595, sendo seu primeiro juiz de direito Dr. Anibal Fonseca de Figueredo. A sede municípal se eleva no quilometro 111 da Estrada de Ferro Bragança, rodeada pelos cursos d’água Igarapé-assú e Páu-Cheiroso.
As construções são na sua maioria de taipa, cobertas com telhas de barro havendo regular número de prédios em alvenaria. A cidade é formada por três largas avenidas, correndo pela principal a estrada de ferro, duas grandes praças, uma menor e sete travessas, todas traçadas em linhas simétricas.

Gentílico: igarapé-açuense

Fonte
IBGE

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